Questão
- Um paciente em regime de internação prolongada apresenta úlcera por pressão em trocânter esquerdo, estágio 4, com necrose seca aderida, odor fétido e presença de esfacelo. O enfermeiro, ao elaborar o plano terapêutico, identifica comorbidades relevantes como diabetes mellitus, vasculopatia periférica e hipoalbuminemia, além do uso crônico de corticoterapia. À luz da avaliação de feridas complexas, dos critérios técnicos para seleção de coberturas e da prevenção de infecções sistêmicas, qual abordagem se alinha com os referenciais clínicos e legais da prescrição de enfermagem para lesões de alta complexidade?
A) Indicar cobertura com prata coloidal, iniciar desbridamento enzimático e associar suporte nutricional e vigilância infecciosa. B) Aplicar cobertura hidrocolóide, estimulando desbridamento autolítico e uso de antimicrobianos tópicos de amplo espectro. C) Avaliar viabilidade de desbridamento cirúrgico, mesmo diante de comorbidades descompensadas, visando remoção tecidual extensa. D) Manter curativo seco estéril com solução hipertônica, realizando trocas frequentes para controle de exsudato e odor. E) Iniciar terapia por pressão negativa sem desbridamento prévio, favorecendo cicatrização por segunda intenção.
A
A alternativa A é a mais adequada para o tratamento de uma úlcera por pressão em estágio 4 com necrose seca aderida e presença de esfacelo. A utilização de cobertura com prata coloidal ajuda a prevenir infecções devido às suas propriedades antimicrobianas. O desbridamento enzimático é indicado para remover o tecido necrosado de forma não invasiva, o que é importante considerando as comorbidades do paciente. Além disso, o suporte nutricional e a vigilância infecciosa são essenciais para promover a cicatrização e prevenir complicações sistêmicas.