Questão
Conscientização e ação para prevenir acidentes de trânsito
Hoje, um acidente como o que matou Ayrton Senna provavelmente não teria o mesmo desfecho, graças aos avanços na segurança da Fórmula 1. Da mesma forma, nas últimas décadas, aumentaram as iniciativas e as tecnologias que tornam o trânsito cotidiano mais seguro.
Pode-se observar esse fenômeno desde que virou obrigação, por lei, usar cinto de segurança em carros e capacetes nas motos e, mais recentemente, quando os airbags e freios ABS também se tornaram obrigatórios nos veículos brasileiros. A criação da Faixa Azul também ajudou a reduzir o número de mortes de motociclistas em vias movimentadas.
No entanto, apesar das campanhas de conscientização, como Maio Amarelo, e dos avanços dessas tecnologias desenvolvidas para minimizar traumas — como é chamada a lesão causada por um evento inesperado externo ao corpo —, muitos não as utilizam. Segundo dados de 2023 da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), uma média de 275 motoristas são multados por hora, nas rodovias do país, por não usarem o cinto de segurança. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019, apenas 60,7% dos motociclistas que moram em áreas rurais usam capacete. Poucas pessoas usam roupas de proteção, além do capacete, mesmo sabendo que elas oferecem maior segurança em caso de acidentes. [...]
Jorge Carlos Machado Curi. Publicado no Correio Braziliense. Acesso em 13 mar. 2025. (Adaptado).
Para convencer o leitor a aceitar seu ponto de vista, o autor usa, no terceiro parágrafo, um argumento de:
A) evidência, pois apresenta dados estatísticos baseados em pesquisas sobre acidentes de trânsito.
B) causa e consequência, pois conclui que a causa dos acidentes é a falta de conscientização.
C) autoridade, pois se baseia na opinião de um especialista da Secretaria Nacional de Trânsito.
D) princípio, pois utiliza as normas que regulamentam o tráfego em vias públicas brasileiras.
E) raciocínio lógico, pois defende que se as multas são altas, os acidentes de trânsito diminuem.
A
No terceiro parágrafo, o autor utiliza dados estatísticos para reforçar seu argumento sobre a falta de uso de equipamentos de segurança, como cinto de segurança e capacetes, mesmo com as campanhas de conscientização. Ele menciona especificamente dados da Secretaria Nacional de Trânsito e da Pesquisa Nacional de Saúde, o que caracteriza um argumento de evidência. As outras opções não se aplicam, pois não há uma relação direta de causa e consequência, não é citada a opinião de um especialista, não se discute normas de tráfego, e não há um raciocínio lógico sobre multas e acidentes.