Questão
QUESTÃO 51
Para distinguir se algo é belo ou não, referimos a representação não pelo entendimento ao objeto com vista ao conhecimento, mas mediante a imaginação ao sujeito e ao seu sentimento de prazer ou desprazer. O juízo de gosto não é, pois, nenhum juízo de conhecimento, por conseguinte, não é lógico mas estético, pelo que se entende aquilo cujo fundamento de determinação não pode ser senão subjetivo. Toda a referência das representações, mesmo a das sensações, pode, porém, ser objetiva (ela significa nesse caso o real de uma representação empírica); só não pode sê-lo a referência ao sentimento de prazer e desprazer, mediante o qual não é designado absolutamente nada no objeto, mas no qual o sujeito sente-se a si próprio do modo como é afetado pela representação.
KANT, I. Crítica da faculdade do juízo. Tradução Valério Rohden e Antônio Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995, 2. ed.
Segundo Kant, o entendimento do prazer é formado a partir de percepções
A) empíricas, pautadas no método científico. B) espirituais, baseadas na verdade metafísica. C) estéticas, fundamentadas no gosto subjetivo. D) morais, alicerçadas na ética cidadã coletiva. E) racionais, embasadas no pensamento lógico.
C
Segundo Kant, o juízo de gosto é estético e subjetivo, não se baseando em conhecimento objetivo ou lógico, mas sim no sentimento de prazer ou desprazer do sujeito. Portanto, a percepção do prazer é formada a partir de percepções estéticas, fundamentadas no gosto subjetivo.