Questão
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CONTRIBUIÇÕES PARA A DEFINIÇÃO DOS CONCEITOS PERIFERIA E SUJEITAS E SUJEITOS PERIFÉRICOS
Tiaraju D’Andrea
Scielo Brasil
Ainda no âmbito das definições qualitativas de periferia, cabe ressaltar que, com o passar do tempo, a heterogeneidade interna desse território passou a se expressar de modo cada vez mais evidente. Assim sendo, a partir do segundo quinquênio dos anos 2000, periferia, periférica e periférico são palavras que passaram a ser utilizadas como adjetivos por uma série de agentes sociais não necessariamente ligados à produção cultural e denotando tanto uma posição política como um estilo de vida. [...]
Coadunado a esse processo de multiplicidade de usos, os termos periferia, periférica e periférico transformaram-se em categorias de representação que se combinam com outras. O conceito de periferia formulado como guarda-chuva nos anos 1990 segue válido se contraposto a outras regiões da cidade. No entanto, pensá-lo passa necessariamente por levar em conta experiências individuais e coletivas internas, às vezes díspares, às vezes comuns. Por isso, é muito difícil afirmar a existência de uma única identidade periférica.
Disponível em: https://doi.org/10.25091/S01013300202000010005. Acesso em 06 mai. 25. Adaptado.
Vocabulário:
Heterogeneidade: diverso, variedade.
Denotando: expressando, apresentando, mostrando.
Coadunado: colocado junto, reunido.
Díspares: diversas.
Em “[…] periferia, periférica e periférico transformaram-se em categorias de representação que se combinam com outras”, o pronome destacado
A) marca a formalidade textual, conforme a norma-padrão. B) transmite a subjetividade da escrita, comum ao texto científico. C) utiliza intencionalmente a característica da linguagem oral. D) remete ao juízo de valor expresso pela opinião do autor. E) discorda da impessoalidade comum ao artigo científico.
A
O pronome "que" na frase destacada é utilizado de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, marcando a formalidade textual. Ele é um pronome relativo que introduz uma oração subordinada adjetiva, conectando-a ao substantivo "categorias de representação". Essa construção é típica de textos formais e acadêmicos, como artigos científicos, que seguem a norma-padrão para garantir clareza e precisão na comunicação. As outras alternativas não se aplicam, pois o uso do pronome não transmite subjetividade, não é característico da linguagem oral, não expressa juízo de valor do autor e não discorda da impessoalidade do artigo científico.