Questão Resolvida

Confira a resposta e explicação detalhada abaixo

Questão

Leia o texto e responda à questão.

Mas não sucedeu nada, eu bem imaginava que não sucedia nada... Minha madrinha do quadro continuava olhando pra mim, se rindo, a boba, não zangando comigo nada. E eu saí muito firme, quase sem remorso, delirando num orgulho tão corajoso no peito, que me arrisquei a chegar sozinho até a esquina da praia larga. Estavam uns pescadores ali mesmo na esquina, conversando, e me meti no meio deles, sempre era uma proteção. E todos eles eram casados, tinham filhos, não se amolavam proletariamente com os filhos, mas proletariamente davam muita importância pro filhinho de “seu dotô” meu pai, que nem era doutor, graças a Deus. Ora se deu que um dos pescadores pegara três lindas estrelas-do-mar e brincava com elas na mão, expondo-as ao solzinho. E eu fiquei num delírio de entusiasmo por causa das estrelas-do-mar. O pescador percebeu logo meus olhos de desejo, e sem paciência pra ser bom devagar, com brutalidade, foi logo me dando todas. – Tome para você, que ele disse, estrela-do-mar dá boa sorte. – O que é boa sorte, hein? Ele olhou rápido os companheiros porque não sabia explicar o que era boa-sorte.

ANDRADE, M. Tempo da camisolinha. In: Contos Novos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p.140. Fragmento.

O conto apresenta foco narrativo em 1ª pessoa, com o tipo de narrador

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