Questão
Medo do futuro
Muitos ainda se recusam a associar o aumento da intensidade dos furacões e tempestades ao aquecimento global, ignorando dados e pesquisas científicas de alta qualidade. Obviamente, líderes como Trump, que são apoiados pela indústria de combustíveis fósseis, são os primeiros a ignorar e a ciência como um mero incômodo. Lembra-me a imagem do imperador romano Nero, enlouquecido, tocando harpa enquanto Roma queimava.
Por que pessoas com alto nível de educação, bem-informadas, quando se deparam com a correlação clara do aquecimento global e da poluição, ou quando presenciam o colapso potencial das instituições democráticas, recusam-se a mudar?
Mesmo que não haja apenas uma resposta para isso, podemos dizer algumas coisas sobre essa apatia que afeta os que manipulam o poder e muitos outros. As pessoas só mudam sob pressão, seja ela real ou imaginária. Quanto maior a pressão, mais rápida a mudança. Historicamente, a mobilização social de larga escala só ocorre quando uma nação ou um grupo luta contra um inimigo comum.
No caso da mudança climática e da correlata falta de mobilização social, o que falta é essa pressão que provoca mudanças. Muitas pessoas, incluindo as que entendem os princípios do aquecimento global como sendo provocado pelo excesso de poluição, encolhem os ombros, afirmando que isso é coisa para muito tempo no futuro. Por que fazer algo agora, certo? Para proteger o que e a qualidade da água, proteger o ambiente e as áreas litorâneas de baixo relevo, ou usar fontes de energia alternativas ou mais limpas? Para que essa pressa toda em mudar nosso estilo de vida?
O aquecimento global é obviamente muito diferente das invasões nazistas durante a Segunda Guerra, mas a ameaça de uma grande catástrofe social é igualmente aterradora. O contrário de inimigo bem definido durante uma guerra é que, no aquecimento global, somos nossos próprios inimigos. A ameaça vem de dentro, e não de fora. Na verdade, a poluição global não enxerga fronteiras entre países e diferenças culturais. A atmosfera, os oceanos, os rios, todos nós dividimos o mesmo ar, a mesma água, e, nesse sentido, um ambiente saudável, então apenas temos muito mais culpa e muito mais a perder.
O que é que poderia raramente pensar no efeito cumulativo de ações de tantas pessoas: o que eu faço não é nada, mas e se, um não nada, mas e quando milhões de pessoas fazem o mesmo? O que acontece então?
Se a ciência não é suficiente evidência, será necessária para uma grande catástrofe para nos acordar que precisamos mudar, de que, apenas, essas mudanças serão inevitáveis?
O texto discute a resistência de muitas pessoas em aceitar a relação entre o aquecimento global e eventos climáticos extremos, apesar das evidências científicas. Ele menciona a apatia e a falta de mobilização social como barreiras para a mudança, sugerindo que as pessoas só mudam sob pressão significativa. O texto compara a ameaça do aquecimento global a uma guerra, destacando que, ao contrário de um inimigo externo, somos nossos próprios inimigos. A conclusão sugere que, se a ciência não for suficiente para provocar mudanças, uma grande catástrofe pode ser necessária para despertar a ação.
O texto explora a resistência à mudança em face do aquecimento global, destacando a apatia e a falta de pressão como fatores principais. Ele compara a situação a uma guerra, onde o inimigo é interno, e sugere que uma catástrofe pode ser necessária para provocar ação.